Estudantes refletem sobre intolerância religiosa – Projeto Mil Razões Para Viver
No dia 06 deste mês o projeto: “Mil Razões Para Viver”, que acontece na Escola Tufi Dippe, trouxe a discussão sobre a intolerância religiosa. Os temas das discussões do projeto são sempre levantados pelos estudantes. A iniciativa destes trabalhos são do Centro Dom Helder de Acolhida e Capacitação de Jovens (CDHE) e do Centro dos Direitos Humanos (CDH).
O encontro iniciou com uma dinâmica relacionando o tempo que leva para que as pedras se transformem com as transformações culturais da humanidade. Como a pedra é trabalhada com condições do tempo e leva anos para se modificar, assim também são as diversas culturas, neste caso as culturas religiosas.
Depois de uma breve explanação sobre as diversas religiões: o Cristianismo e seus desdobramentos, o Espiritismo, o Islamismo, Budismo, Hinduísmo, Judaísmo, Religiões de Matriz Africana e Religiões de Matriz Indígena, refletimos a situação no Brasil a partir da filosofia Cristã e como esta cultura perpassa na história brasileira. Com todas as suas ambiguidades de relações de poder, guerra e paz e hierarquias. Nossa reflexão foi pautada também no texto: “Deus, uma palavra escorregadia”, da teóloga feminista da libertação, Ivone Gebara. O texto aponta como o uso da palavra “deus” está nas mais diversas colocações e com significados diferentes. De acordo com Ivone, “deus” se tornou uma expressão, uma linguagem que não tem mais nada a ver com o que é de fato.
Os estudantes fizeram diversas colocações na sua maioria com anseios de viver uma religiosidade que seja inclusiva e que não aponte para as pessoas, mas sim, que seja acolhedora. Eles também produziram desenhos de orixás para divulgar a atividade e no dia 06 explicaram seus desenhos e contaram a história da criação de acordo com a filosofia do candomblé.