ANIVERSÁRIO DA DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
Caminho e chegada de gente liberta
Lizandra Carpes da Silveira
Estudante de Jornalismo
Para comemorar o aniversário de 61 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, o Centro de Direitos Humanos de Joinville Maria da Graça Bráz (CDH) promoveu no dia dez um seminário sobre os trabalhos efetuados no ano de 2009. No evento foram expostas as situações dos Direitos Humanos na atualidade, Segurança Pública e apresentação de um documentário sobre as cheias em Santa Catarina.
Para falar sobre os Direitos Humanos na atualidade o seminário contou com a presença de Nasser Haidar Barbosa, membro dos CDH de Joinville. Ele relata que no ano de 2009 foram evidenciadas as questões de esgotamento dos recursos naturais, havendo a necessidade de discutir os direitos humanos e o uso indevido do meio ambiente.
A luta para manter as pessoas no loteamento Ulisses Guimarães, garantia de condições dignas de encarceramento e criação de novos mecanismos de atendimento sobre violência contra mulher foram trabalhados durante o ano. “ Lutar pelos direitos humanos é uma discussão que nunca é encerrada, mas é sempre uma construção”, diz Nasser.
A Segurança Pública também foi um dos focos de discussão deste ano, o tema foi assessorado por Cynthia Pinto da Luz, membro do Conselho Nacional de Segurança e do Movimento Nacional dos Direitos Humanos. Cynthia fala que em 2009 a segurança pública foi debatida em conjunto, fora dos quartéis e fundamentada nos Direitos Humanos.
Foi exposto um breve panorama da segurança em nível nacional, entre os fatos foram citadas a tortura dos presos em São Pedro de Alcântara-SC e a agressividade da polícia na manifestação de pedido de impeachment do governador do Distrito Federal José Roberto Arruda. “Só percebemos o tamanho do problema quando se vivencia ou se vê”, diz Cynthia, e completa que é preciso exemplo para formação dos jovens.
O quadro sobre as enchentes que ocorreram na região há um ano atrás foi mostrado através de um documentário com a explicação da assessora Tânia Crescêncio. Conforme imagens e relatos do vídeo pode-se perceber que as conseqüências das enchentes estão em todo lugar das áreas atingidas e a situação ainda é desastrosa. Os reparos foram feitos apenas em áreas centrais e nas vias principais de acesso às regiões.
Para monitorar a aplicação dos recursos públicos e diagnosticar as reais necessidades da população foi criado o SOS Comunidade por uma parceria entre a Associação Brasileira de Ong’s Abong e a Oxfarn GB.
A própria população tem tomado iniciativas para que seja feito algo de concreto nessas localidades, existem pessoas que estão humilhadas e angustiadas na situação em que se encontram sem ter um lugar digno para morar.
No encerramento do seminário foi feita uma reflexão sobre uma canção que tinha em seu verso “…Caminho e chegada de gente liberta…” , este é o sonho possível de pessoas que precisam de muito pouco para serem felizes, sua dignidade.