Defensoria Pública volta ao debate em SC
Criação da DPE é tema de encontro em Santa Catarina |
Florianópolis, 27/06/2011 – Representantes da Defensoria Pública da União em Santa Catarina (DPU/SC), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e deputados estaduais discutiram, na última quarta-feira (22), a necessidade de criação da Defensoria Pública do Estado. Segundo a responsável pelo Mutirão Carcerário do CNJ em Santa Catarina, juíza Soraya Brasileiro Teixeira, a negativa do Estado pode resultar na formalização de denúncias de violação de direitos humanos e consequentes punições. “A ausência da Defensoria Pública de Santa Catarina é um ponto de vulnerabilidade não só do Estado como de toda a Federação e uma grande preocupação do Conselho”, afirmou. A DPU foi representada pelo Defensor Público Federal André Dias Pereira. Também estiveram no encontro o coordenador de Execução Penal e da Infância e da Juventude (Cepij) do Tribunal de Justiça/SC, juiz Alexandre Takaschima, e o servidor desse Tribunal Dilso José da Silva. A comitiva foi recebida pelo presidente da CCJ, deputado Romildo Titon (PMDB).
André Dias Pereira citou a Defensoria Pública do Rio Grande do Sul como exemplo de grande capilaridade, uma vez que 87% das comarcas gaúchas são atendidas pela Instituição. Na opinião dele, esse dado derruba o argumento de que a DPE nunca vai atingir todas as regiões. “É plenamente possível, desde que com planejamento e vontade política”, explicou o Defensor.
Apoio A deputada estadual Luciane Carminatti (PT), entusiasta da implantação da Defensoria Pública, abriu seu gabinete para discutir o tema. Ela preside a Comissão de Direitos e Garantias Fundamentais, de Amparo à Família e à Mulher, que promoverá audiência pública sobre o projeto de lei juntamente com a CCJ, no próximo dia 12 de julho, no plenário da Assembleia. Já o relator do projeto na CCJ é o deputado José Nei Ascari (DEM). O documento conta com cerca de 50 mil assinaturas, recolhidas pelo Movimento pela Criação da Defensoria Pública em Santa Catarina. |