O próximo 1º de abril é marcado pelo cinquentenário do golpe que deu início a ditadura civil-militar no Brasil. Foram 21 anos (de 64 a 85) marcados por graves violações aos Direitos Humanos: a tortura, as execuções sumárias de prisioneiros dominados, sem chances de reação e, para dar requinte à barbárie, os desaparecimentos forçados.

Para nós, militantes dos Direitos Humanos, rememorar esta data tem um significado especial. É mais do que necessário realizar uma reabertura do passado. Todos os militantes assassinados pelo regime necessitam ser reavivados. As vítimas precisam ser reabilitadas. Vencemos a ditadura, o regime de exceção, mas ainda há permanências de violações aos Direitos Humanos. Sendo assim, é nosso papel histórico reatualizar as esperanças e aspirações vencidas. Aqueles que tombaram lutando por um mundo mais humanitário, não serão esquecidos. Pelo passado e pelo futuro, nós venceremos!

Por isso, convidamos a todos para participar de um ato simbólico no dia 1º de abril, terça-feira, às 18h na Praça da Bandeira. Neste ato, lembraremos as 351 vítimas, entre mortos e desaparecidos políticos, do período, com imagens, poesia e música. Em uma das árvores da praça criaremos um monumento popular, a Árvore da Memória, onde penduraremos as fotos das vítimas do regime.
Também lançaremos neste ato a iniciativa de criação do Comitê Popular pela Memória, Verdade e Justiça de Joinville, espaço este que terá como objetivo o esclarecimento dos crimes contra a Humanidade praticados pela ditadura, a devida responsabilização dos culpados e apoiadores, bem como reavivar a memória daqueles que combateram este regime assassino.